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Movimentos de Agricultores, de Povos Indígenas e de Organizações da Sociedade Civil ao Redor do Mundo Exigem Banimento
É oficial. Os governos na Convenção de Diversidade Biológica das Nações Unidas (CDB), de forma unânime, mantiveram a moratória internacional de facto sobre a tecnologia Terminator - plantas que são geneticamente engenheiradas para produzirem sementes estéreis na colheita. A 8ª reunião da CDB foi encerrada hoje, em Curitiba, Brasil.
"A CDB, acertadamente, rejeitou as tentativas do Canadá, Austrália e Nova Zelândia - apoiados pelo governo dos Estados Unidos e pela indústria da biotecnologia - para minar a moratória sobre as sementes suicidas," disse Maria José Guazzelli, do Centro Ecológico, uma organização agro-ecológica com sede no Brasil.
"Por decisão de consenso, todos os governos reafirmaram a moratória sobre a tecnologia de engenharia genética que ameaça as vidas e os meios de vida de 1,4 bilhões de pessoas, que dependem de sementes guardadas pelos agricultores", disse Pat Mooney, Diretor Executivo do Grupo ETC.
Durante as últimas duas semanas, o clamor pelo banimento da tecnologia das sementes estéreis esteve no centro do palco da reunião das Nações Unidas no Brasil. Milhares de camponeses, incluindo os do movimento internacional da Via Campesina, protestaram diariamente, do lado de fora da reunião das Nações Unidas, para solicitar o banimento. As mulheres da Via Campesina conduziram, em 23 de março, um poderoso protesto de silêncio dentro da reunião.
"As sementes Terminator são sementes genocidas", disse Francisca Rodríguez, da Via Campesina, "Nós estamos contentes em ter dado mais um passo em nossa luta mas não iremos parar até que o Terminator seja banido da face da terra."
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